Vicente Del Bosque modelou a fúria Campeã Mundial e da Eurocopa nos moldes do vitorioso Barcelona, em uma clonagem perfeita e cheia de méritos, principalmente quanto a sua defesa . O tempo passou, o Barcelona está em declínio, e seu conceito de futebol também. Vicente permanece a moldar seu time baseado nos catalães, que há tempos não assombra ninguém e está premeditado.
As linhas de marcações estão extremamente desgastadas, e o vigor físico do seu meio campo, tanto para armar, ou para pressionar e retomar a posse de bola estão quase extintos. Se o Tiki-Taka é algo esperado e soletrado pelas defesas inimigas, repeti-lo e ainda padronizá-lo com posicionamentos fixos está longe de ser solução.
O declínio espanhol encontra-se em todos setores. Do questionado Diego Costa, vai para o meio-campo (alma do jogo) apático, e chega na defesa, com laterais insuficientes na parte defensiva e um arqueiro em péssima fase, que se mostrou um péssimo capitão ao transmitir o clima de derrota da Espanha e por sua declaração efusiva na comemoração da Décima.
Iniesta, talvez, o melhor articulador do mundo, está preso pela esquerda, como se fosse uma espécie de Winger, o que é um grande pecado dada as possibilidades de jogo que o mesmo dá. Silva, outro excepcional jogador, também tem zona limitada, e ainda não tem o preparo físico para retornar na marcação, muito menos Xavi. A Espanha não está moldada para reverter um placar e se reinventar , muito pela falta de opções e as providências tomadas por seus adversários para anulá-la.
A renomeada dupla de volantes, Busquets e Alonso, além de mal posicionada, pouco auxílio teve dos jogadores de criação. Xabi Alonso, colocado a frente de Busquets (posicionamento extremamente errado), só mostrou como a Espanha não está projetada para atacar quando está perdendo. Se com dois volantes de boa qualidade, existe dificuldade para acompanhar o movimento do rival, com um, sem auxílio da zona ofensiva, a fúria fica totalmente vulnerável.
Agora chegamos na linha defensiva, onde também existe problemas. Piqué, e principalmente Sérgio Ramos, ficaram totalmente expostos, ao contra ataque holandês, a distância entre as linhas e a falta de proteção. Jordi Alba é uma espécie de Daniel Alves pela esquerda, só tem de notável sua capacidade ofensiva, de resto, a Holanda sempre teve facilidade por seu lado. Azpilicueta, convocado por sua versatilidade, não pode deixar Juanfran no banco, um lateral marcador e que daria a consistência suficiente para Piqué principalmente após a saída de Xabi Alonso. Sérgio Ramos, esteve sobrecarregado pela lentidão de Piqué e pela inexistência do sistema defensivo, e também não foi o mesmo zagueiro técnico e autoritário que foi na Eurocopa 2012 e está sendo no Real Madrid.
Casillas, por carregar a faixa de capitão da Espanha e do maior time do mundo, por toda sua representatividade no elenco, por seu status de um top na sua posição, decretou seu fim na seleção. Inseguro, foi o reflexo da derrota da fúria, de uma geração envelhecida e mal tecnicamente. Voltando um pouco no tempo, Iker também falhou na final da Champions League e não transmitiu segurança.
Contra o Chile, pequenas correções foram feitas, mas a falta de intensidade e notoriedade tática foram massacradas pelo ímpeto e organização dos chilenos. Iker Casillas provou não estar na sua melhor fase, e deve ser avaliada sua presença inclusive como capitão. Novamente, Busquets e Xabi Alonso não foram suficientes na marcação, e com a apatia de David Silva e um Iniesta abaixo do seu padrão, ficaram sobrecarregados na armação e para desafogar o time( principalmente Xabi ). Xabi não tem vigor para marcar e criar, no Real Madrid é o homem mais perto dos zagueiros, na Espanha, tenta ser um elemento surpresa, e foi diretamente responsável pela desastrosa atuação espanhola. Pedro foi um acerto, mas Diego Costa, lesionado e longe de sua melhor forma, não foi um bom companheiro para o mesmo.
Mas tudo isso começa na convocação, sem critérios, baseadas em cadeiras cativas, e não por rendimento. Vicente quis manter a base Campeã Mundial em 2010, mas esqueceu de avaliar o que alguns jogadores podem oferecer, e sequer podem oferecer algo, erro muito semelhante ao que Marcelo Lippi cometeu levando uma Itália veterana e decadente em 2010, culminando com uma vexatória eliminação em um grupo fraco. Villa, Torres, Cesc e Mata não são jogadores em boa fase, e não é esperado que mudem o panorama de uma partida. Callejon, Negredo, Llorente, Navas, até Gabi ou Raul Garcia, mereciam marcar presença, por uma Espanha com mais vigor e renovada, com mais sangue e determinação.
Del Bosque tem contrato até 2016, e já supondo um fracasso nessa copa, deve inciar uma reformulação, principalmente no ataque, com Isco, Deuloufeu, Jesé, Alcacer e tantos outros bons valores. Mas uma renovação vai além de novos nomes, mas de mudanças na filosofia de jogo. O Real Madrid da velocidade, da verticalidade, e o Atlético da intensidade, da imposição física e tática, mostra que o tiki-taka não é imbatível e uma reciclagem no elenco permitirá novos moldes táticos.
Que fique claro o respeito pelo maior artilheiro da história da Fúria ( Villa ), pelo maior jogador da história da seleção( Xavi ), por seu maior goleiro ( Casillas ), pelo grande centro médio Xabi Alonso, pelo folclórico Fernando Torres e por outros que fizeram parte desse vitorioso plantel, mas simplesmente acabou, e a renovação é próxima, e tais nomes estão gravados na história do futebol.
Gostei. Jogou a culpa toda pro meio campo e me deixou livre das críticas. Israel <3
ResponderExcluirConcordo!
ExcluirSai daí, Piqué! Você é um câncer em forma de zagueiro.
ExcluirQual foi, Xabi? Vai ficar falando mal do Piqué? A porrada vai estancar.
ExcluirSó falo com quem foi pra Copa. Flw.
ExcluirVocê foi pra Copa, Xabi? Nem te vi. auheauheaueha
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